ELA: entenda a doença que afetava o companheiro de Sandra Bullock VivaBem

Sandra Bullock e o companheiro, Bryan Randall, em 2018 - Jackson Lee/GC Images

De VivaBem*, em São Paulo

08/08/2023 10h49

morreu no último sábado (5) aos 57 anos. Em comunicado à revista People, a família dele informou que Randall tinha ELA (esclerose lateral amiotrófica) há três anos.

"Bryan decidiu manter privada sua jornada com esclerose lateral amiotrófica, e nós, que cuidávamos dele, fizemos o melhor para honrar seu pedido. [...] Neste momento, pedimos privacidade para viver o luto e aceitar a impossibilidade de dizer adeus a ele", diz a mensagem, assinada pela família.

💥️Entenda a ELA

A esclerose lateral amiotrófica é um distúrbio dos neurônios motores do cérebro e da medula espinhal, que se degeneram de forma progressiva, levando à perda de força nos músculos e paralisia motora irreversível. As razões ainda são desconhecidas.

Considerada uma doença rara, estima-se que existam entre dois a sete casos para cada 100 mil pessoas. Parece pouco, mas somente no Brasil surgem 2.500 casos novos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde.

O nome da doença refere-se a:

  • 💥️Esclerose: endurecimento e cicatrização;
  • 💥️Lateral: endurecimento da porção lateral da medula espinhal;
  • 💥️Amiotrófica: fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular, atrofia.

No geral, a condição afeta mais homens do que mulheres e a idade é o fator mais importante para sua ocorrência, sendo mais prevalente em pessoas entre 55 e 75 anos de idade, segundo o Ministério da Saúde.

💥️Sintomas da ELA

  • Perda gradual de força e coordenação muscular;
  • Incapacidade de realizar tarefas rotineiras, como subir escadas, andar e levantar;
  • Dificuldades para respirar e engolir;
  • Engasgar com facilidade;
  • Gagueira (disfemia);
  • Cãibras musculares;
  • Contrações musculares involuntárias;
  • Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras);
  • Alterações da voz, rouquidão;
  • Perda de peso.

💥️ELA tem cura?

Por enquanto, não há evidências de tratamentos que levem à cura da doença. Com o passar dos anos, as pessoas vão perdendo progressivamente a capacidade funcional, sendo incapazes de mexer braços e pernas.

Após o diagnóstico, as pessoas com ELA vivem de três a cinco anos, mas cerca de 25% dos pacientes sobrevivem por mais tempo.

💥️Tratamentos para ELA

Como não há cura e os danos são progressivos, o tratamento para ELA é paliativo, no sentido de dar o máximo de qualidade de vida à pessoa. Outro ponto do tratamento é preservar algumas funções, mas que inevitavelmente vão se perder com o tempo.

Os cuidados envolvem:

  • Fisioterapia;
  • Fonoaudiologia;
  • Uso de órteses;
  • Medicamentos que reduzem a velocidade de progressão da doença.

Acompanhamento nutricional e psicológico também são essenciais.

*Com informações de reportagem publicada em 11/04/2021 e do Ministério da Saúde

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