Dos pagamentos ao calçado. Cinco empresas criadas na revolução que sobrevivem até hoje &

Nasceram em pleno período de convulsão revolucionária, entre nacionalizações e manifestações. Passaram pelo choque petrolífero, pela crise das tecnológicas após a queda das Torres Gémeas, sobreviveram à crise financeira de 2008, à crise da dívida soberana e ao regresso das guerras à Europa. Conheça a história de cinco empresas criadas logo após o 25 de Abril de 1974 e que sobreviveram até aos dias de hoje.

Cinco décadas depois, o Grupo ACO Shoes tem uma presença global, com 💥️três fábricas, 810 funcionários & 320 na sede, 150 em Porte de Lima e 220 em Cabo Verde -, 6.500 pares de sapatos produzidos diariamente e presença em 33 países. O grupo conta com 13 mil metros quadrados de área coberta e mais 80 mil metros quadros disponíveis à volta, um pavilhão gimnodesportivo, infantário, médico e “é uma empresa amiga do ambiente”, sintetiza o empresário de Mogege, que aos 86 anos continua a liderar a empresa que fundou há quase 50 anos.

Nos dois filhos e nos quatro netos & um a trabalhar já com ele e outro a caminho -, Armindo Costa, que liderou a Câmara de Famalicão entre 2002 e 2013, vê o futuro. “💥️50 anos para uma empresa não é muito. Se os meus netos quiserem, daqui a 50 anos estarão aqui para festejar os 100 anos” da ACO.

Da Barata & Ramilo até à Parfois

Foi apenas aos 42 anos, em 1994, que Manuela Medeiros lançou a Parfois, a empresa de acessórios de moda que a tornou famosa e aumentou de forma exponencial o valor da sua fortuna. Mas a carreira da empresária começou bem antes. Segundo os dados revelados ao ECO pela Informa D&B, 💥️a constituição da Barata & Ramilo S.A., a empresa que detém a Parfois, remonta a 5 de maio de 1974, poucos dias após a Revolução dos Cravos.

Dedicada à área do vestuário e dos acessórios, a Barata & Ramilo é uma das empresas criadas na época da revolução de abril que, não só se manteve em atividade, como viu o seu negócio disparar após a 💥️criação da Parfois, pela mão de Manuela Medeiros. A empresária foi pioneira em Portugal na abertura de uma loja exclusiva de acessórios de moda, tendo a inspiração surgido das várias viagens que fazia a Inglaterra. Queria vender peças a preços acessíveis, que agradassem à maioria das pessoas. O negócio não poderia ter tido mais sucesso.

A Parfois tem atualmente 💥️mais de mil lojas em todo o mundo e está presente em 70 países, tendo registado um crescimento médio de 24% ao ano desde 2010. Segundo os cálculos da ✅Forbes Portugal ao valor patrimonial da empresa Barata e Ramilo, Manuela Medeiros, de 70 anos, tem uma fortuna avaliada em cerca de 274 milhões de euros e encontra-se na 43º posição do ranking das maiores fortunas.

Segundo os dados da Informa D&B, a Barata e Ramilo fechou o ano de 2022 com um volume de negócios de cerca de 267 milhões de euros.

Silsa, a confeção de Abade de Neiva que resistiu à revolução

💥️Dois meses antes do 25 de abril nascia a Silsa Confecções. Sediada em Abade de Neiva, Barcelos, a empresa fundada por Francisco Dias da Silva. O dono da têxtil é mais conhecido pelos cargos que exerceu nos dois principais clubes de futebol e de hóquei em patins do concelho minhoto & foi 💥️presidente do Gil Vicente e do Óquei de Barcelos. Contudo, antes de liderar os clubes da terra cimentou as bases para o sucesso da sua têxtil e conseguiu garantir a sobrevivência da empresa de confeções, que se mantém até hoje em Abade de Neiva.

Bem conhecida na região, a Silsa sobreviveu à revolução e convulsão nos dois anos seguintes, e a todas as crises que se seguiram ao longo dos últimos 50 anos. Com atividade na 💥️produção e confeção de vestuário interior e exterior de malha de artigos têxteis com padrões de alta qualidade, para homem, mulher e crianças, a empresa tem-se adaptado às novas tendências.

A empresa tem certificações GOTS e GRS, na área da sustentabilidade, assumindo um compromisso com práticas de qualidade e sustentabilidade. A empresa conta com vários projetos cofinanciados com fundos europeus.

Secil Betão, um negócio “cimentado” em 1974

A 💥️Secil Betão é uma das empresas da revolução. Constituída em 1974 com os capitais provenientes da então Cinorte – Companhia de Cimentos do Norte, apenas 10 anos mais tarde, em 1984, passou a integrar o conjunto das participações detidas pela Secil no setor.

À época era considerada uma pequena empresa, com apenas cinco centrais: Braga (a primeira Secil Betão), Viana do Castelo, Vila da Feira, Vila Nova de Gaia e Sines. Contudo, 💥️ao longo das últimas décadas, a empresa registou um forte crescimento, seja através da aquisição de outras empresas do setor, seja através da abertura de novas centrais, de acordo com a informação partilhada no ✅site da empresa.

A Secil Betão está integrada na Secil, constituindo uma das áreas de negócio da cimenteira portuguesa. A companhia opera atualmente em três fábricas de cimento em Portugal: Outão, Maceira e Cibra. 💥️No mercado internacional, marca presença em Angola, na Tunísia, no Líbano, em Cabo Verde, na Holanda e no Brasil.

Com oito fábricas de cimento e presença em sete países e quatro continentes, o grupo Secil garante uma capacidade anual de 💥️produção de cimento superior a 9 milhões de toneladas.

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