Os melhores restaurantes do mundo: afinal, quem precisa de tantas listas?

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Rafael Tonon

Mas o problema é quando a coisa fica séria; e o que era para ser um passatempo se torna uma competição, uma busca incessante em classificar projetos distintos a partir de uma listagem sempre subjetiva.

Porque não tem jeito: toda lista é arbitrária. E classificar restaurantes, bares ou chefs a partir de uma enumeração é uma construção vaga para incentivar as pessoas a buscar apenas o topo do ranking — para depois registrar tudo em uma selfie em um post. O que nos tira justamente a beleza do caminho, do descobrimento.

"Quanto mais a mídia gastronômica satura o mercado com essas listas frívolas de melhores restaurantes, mais me pergunto: por que somos tão obcecados em classificar restaurantes?", se perguntou o jornalista Adam Reiner em um texto publicado no site Restaurant Manifesto.

Ele trazia luz sobre uma lista — mais uma! — compilada pelo crítico de restaurantes do "The New York Times", Pete Wells, que selecionou uma centena de restaurantes que moldaram a cena da maior cidade americana.

Mas não se tratava apenas de uma seleção, mas sim de outro ranking: de 1 a 100, as melhores escolhas de Wells, que, em uma entrevista, disse que teve que convencer seus editores a publicar o compilado, sempre capaz de levantar controvérsias.

Assim como outros jornais pelo mundo, como muitos outros prêmios que surgem todos os anos na tentativa de conquistar seguidores pelo mais fácil: "esse é o melhor dos melhores, é ali que é preciso comer".

O que você está lendo é [Os melhores restaurantes do mundo: afinal, quem precisa de tantas listas?].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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