Estamos sendo cozidos a vapor, diz anciã indígena, sobre aquecimento global

Escola viva e útero são nomes escolhidos pela ativista Yakuy Tupinambá para se referir ao Centro de Pesquisa e Inovação Ancestral que idealizou como laboratório de desenvolvimento humano e da biodiversidade no sul da Bahia.

É no território ocupado historicamente pelo povo Tupinambá de Olivença, no município de Una, vizinho a Ilhéus (BA), que a anciã indígena de 63 anos e ativista pela vida, como se define, planta a semente daquela que seria a primeira escola de saberes dos povos originários.

"É uma escola viva que nasce da escuta e de uma percepção de mundo que tem a nossa ancestralidade como base. Precisamos escutar a Mãe Terra", explica Yakuy, que cursou até o quarto ano de direito na Universidade Federal da Bahia.

Idealizado há oito anos, o centro, segundo ela, nasce como um grande útero, capaz de gerar saberes e trocas.

"Trabalho essa proposta com protagonismo feminino. Temos uma parte institucionalizada, uma Organização Social Civil só de mulheres, dentro de um coletivo que tem mais de 60 pessoas."

O projeto da escola ganhou o nome oficial de Útero Amotara Zambelê, em homenagem à líder do Levante Tupinambá, movimento que levou ao reconhecimento do seu povo. Foi Amotara também uma das primeiras a reivindicar a devolução do Manto Tupinambá, em posse do Museu Nacional da Dinamarca.

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