Israel continua com ataque a Gaza um dia após resolução da ONU por cessar-fogo

Bombardeios à Faixa de Gaza continuaram nesta terça-feira (26), um dia depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar uma resolução que exige "um cessar-fogo imediato" no território palestino e a libertação de reféns.

Autoridades de saúde locais —ligadas ao grupo terrorista Hamas, que controla a área— afirmaram que ataques aéreos das últimas 24 horas provocaram ao menos 70 óbitos. O número eleva a 32.414 a quantidade de palestinos mortos na faixa desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Hussam Qazaat descreveu um desses ataques à agência de notícias AFP. "Ouvimos uma forte explosão e os escombros caíram sobre nós. Havia pedaços de corpos nas árvores", disse em meio às ruínas de Rafah. A cidade no sul de Gaza que faz fronteira com o Egito hoje abriga 1,5 milhão de palestinos, mais que a metade da população total do território antes da guerra.

Os ataques contradizem a decisão tomada pelo Conselho de Segurança na segunda-feira (25) —a primeira a ser aprovada pelo órgão desde o começo dos enfrentamentos. Antes, os Estados Unidos, que por serem membros permanentes do conselho têm direito a veto, haviam barrado três resoluções que propunham uma trégua no conflito.

No X, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta terça que o descumprimento da medida era "imperdoável".

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De fato, as resoluções do Conselho de Segurança são vinculantes, isto é, precisam ser seguidas pelos países-membros do organismo multilateral. Analistas afirmam, porém, que Tel Aviv dificilmente sofrerá consequências por desobedecê-la, uma vez que eventuais reprimendas também exigem aval do órgão, o que Washington, seu tradicional aliado, pode impedir.

Isso não significa que os laços entre o Estado judeu e o país liderado por Joe Biden, que apenas se absteve na votação da segunda, não tenham sido afetadas.

Em visita a Washington, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou a seu homólogo americano, Lloyd Austin, não ter "o direito moral de interromper a guerra" enquanto ainda houvesse reféns em Gaza. A resolução do conselho também exige a libertação de reféns, mas não vincula o cessar-fogo a isso.

Estima-se que, das 250 pessoas sequestradas em solo israelense no mega-ataque do Hamas que disparou o conflito e matou outras 1.200 pessoas, cerca de 100 continuam nas mãos dos terroristas, além de 33 corpos.

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