Inteligência artificial e monitoramento de ações policiais em tempo real são novidades para a segurança pública

Uma tela de TV mostra imagens de satélite da região metropolitana de São Paulo, sobrepostas a mapas digitais de alta precisão, quando uma mensagem aparece e avisa que há um vídeo para ser exibido. O operador da tela clica no ponto do mapa e assiste a uma transmissão do local, ao vivo.

Na mesma tela é possível rastrear viaturas da polícia (ou do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, ambulâncias), helicópteros e barcos, conectar-se a câmeras corporais e àquelas instaladas nas ruas, a celulares, a drones que transmitem vídeos em tempo real, além de receber e enviar mensagens de texto e fotos. Trata-se do GDI (sigla para Gerenciamento de Incidentes), plataforma desenvolvida pela empresa Atech, do grupo Embraer.

Essa tecnologia já foi testada em casos pontuais com algumas polícias militares do Brasil. A ideia é que comandantes possam tomar decisões com agilidade à medida que são informados sobre o andamento de uma operação: a tela mostra a posição das tropas e veículos, e as câmeras o que acontece em tempo real, então é possível orientá-los com uma precisão que há pouco tempo ainda era inimaginável —ao menos para a realidade das polícias estaduais.

A demonstração ocorreu na Laad, maior feira de segurança e defesa da América Latina, realizada entre terça (2) e quinta-feira (4). O GDI da Atech se insere numa das tendências da feira: ferramentas que podem aumentar o controle sobre as tropas e a agilidade na tomada de decisões de comando, seja por meio de tecnologias de comunicação e monitoramento ou por inteligência artificial.

Nesse bojo estão as câmeras corporais, que em breve devem ganhar diretrizes nacionais para o uso pelas forças policiais, mas o que as empresas de segurança propõem é uma integração tecnológica muito maior. Isso inclui modernização das viaturas, reconhecimento facial aplicado a todo tipo de imagem, e uso de dados para orientar as rotas de patrulha da PM.

"Temos que proporcionar respostas rápidas, mitigar riscos, proteger e salvar vidas, e restaurar a normalidade. Para isso temos que integrar diferentes sensores e, de forma muito rápida, escancarar isso na tela para que o comandante da operação possa tomar uma decisão", diz o gerente executivo comercial da Atech, Claudio Trapanaga do Nascimento Filho. "Agora nós estamos no nível de maturidade e estabilidade técnica [do GDI] para realmente já sair para o mercado."

Algumas novidades da feira empolgam quem apoia a vigilância intensiva e assustam quem está preocupado com privacidade. É o caso da aplicação de programas de reconhecimento facial nas imagens geradas em todo lugar: bodycams, câmeras de vigilância nas ruas, imagens de celular, câmeras instaladas em viaturas.

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