Music é um filme que tenta driblar o trivial com direção notável

Sem falas nos primeiros 27 minutos, não muito falado depois disso, "Music" apresenta uma virada na poética da diretora alemã Angela Schanelec. Nas primeiras cenas está a chave para a compreensão do filme.

Começa com nuvens ocupando uma paisagem montanhosa da Grécia. A tela é então tomada pela escuridão. Um jovem chora enquanto carrega o corpo de uma mulher, presumivelmente morta. Em seguida, um homem idoso acorda o mesmo jovem de antes, já pela manhã. Ele está com as roupas sujas de sangue.

Ambulâncias chegam e um bebê é resgatado e, então, adotado. Após um corte seco, avançamos no tempo para o conhecer. Jon, ao se defender do assédio de um outro rapaz, o empurra e o mata sem querer. Crime culposo que acontece fora de quadro, mas com testemunhas. Na prisão, Jon conhece a carcereira Iro, com quem tem uma filha.

Cinéfilos que viram o filme nos festivais europeus, principalmente no Festival de Berlim, onde "Music" ganhou o Urso de Prata de melhor roteiro, comentaram decepcionados a sinopse divulgada na ocasião, segundo a qual o filme seria uma releitura contemporânea de "Édipo Rei".

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