Importações de insumos crescem no trimestre, mas a preço menor

A soja e o milho, dois dos produtos mais presentes nas lavouras dos agricultores brasileiros, têm grande perda de preço neste ano, em relação ao anterior.

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A saca de soja, cotada a R$ 125 pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), vale 18% a menos do que há um ano. O milho perdeu ainda mais, com recuo de 26% nos preços no mesmo período.

A perda de renda dos produtores seria muito maior se os custos de produção não tivessem registrado fortes quedas.

O Brasil importou 7,2 milhões de toneladas de fertilizantes no primeiro trimestre do ano, um volume praticamente igual ao de janeiro a março do ano passado, mas com gastos bem menores.

Segundo a Secex, para comprar o volume deste ano o país gastou US$ 2,1 bilhões, 35% a menos do que no mesmo período de 2023. Em 2022, ano da invasão da Ucrânia pela Rússia, o cenário era ainda pior, e os gastos acumulados no primeiro trimestre somaram US$ 4,4 bilhões com as importações do insumo.

Altamente dependente do mercado externo de fertilizantes, o Brasil continua sendo abastecido, em grande escala, por Rússia, Canadá e China.

A dependência brasileira se estende aos agrotóxicos. Após uma desaceleração nas compras no ano passado, o Brasil iniciou 2024 com um ritmo acelerado de importações.

Segundo a Secex, as compras de janeiro a março somaram 127 mil de toneladas, 106% a mais do que no primeiro trimestre de 2023. Apesar dessa evolução acentuada do volume, os gastos aumentaram apenas 8,6%.

Assim como ocorreu com os fertilizantes, os preços externos dos agroquímicos também caíram, o que compensa um pouco a perda dos preços das commodities.

O aumento das importações de agrotóxicos neste ano ocorre, em parte, para a reposição de estoques. Em 2023, as indústrias haviam importado 12% a menos do que em 2022.

Os gastos maiores vêm de herbicidas, que somam US$ 310 milhões no primeiro trimestre. Inseticidas e fungicidas, com US$ 235 milhões e US$ 154 milhões, vêm a seguir.

💥️De novo em alta A colheita de arroz do Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, está com ritmo lento, e a oferta de produto no mercado, em pleno abril, é menor.

💥️De novo em alta 💥️2 Com isso, os preços reagiram, e o produtor está negociando a saca do cereal a R$ 101 no Sul.

💥️Clima A alta do arroz também ocorre devido à perda de produtividade nas lavouras afetadas por granizo e vento.

💥️Queda Vlamir Brandalizze, analista do setor, estima que as perdas podem chegar a 500 mil toneladas. O pior, segundo ele, é que o Mercosul tem pouco cereal para mandar para o Brasil.

💥️Feijão Tudo ia bem nas lavouras do Paraná, mas a chuva pode atrapalhar a colheita. A leguminosa teve pequena reação de preço no campo, e o produto de melhor qualidade está entre R$ 280 e R$ 300 por saca, segundo o analista.

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