Médicos desenvolvem guia para tratar alergias alimentares

Alergias alimentares podem ser um grande pesadelo para as crianças: cada refeição escolar ou festinha de aniversário pode representar um risco potencial à saúde. O estresse e a ansiedade que isso causa aos pequenos e aos pais podem ter um impacto enorme na vida social cotidiana da família e no planejamento de viagens e festas.

Agora, pesquisadores desenvolveram um guia inédito para ajudar as famílias a reduzirem as alergias alimentares comuns pouco a pouco. Chamada de imunoterapia oral, a terapia envolve a administração de quantidades muito pequenas de um alérgeno, como o amendoim, às crianças e o aumento gradual da quantidade ao longo do tempo para aumentar a tolerância.

Ao introduzir pequenas quantidades do alimento todos os dias, as crianças treinam seus sistemas imunológicos para se tornarem tolerantes a esses alimentos, deixando de reagir com alergia.

Até agora, os médicos não tinham como fornecer aos pacientes uma orientação padrão para a imunoterapia oral. Essas novas diretrizes, apresentadas num artigo publicado na última segunda-feira (8) em uma revista especializada, foram desenvolvidas para servir de base aos médicos e padronizar o tratamento de crianças com alergias alimentares.

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"Este é um artigo de referência em nosso campo, pois a padronização do tratamento é inédita. Estávamos precisando muito de algum tipo de orientação sobre como abordar a imunoterapia oral", explica Douglas Mack, especialista em pediatria da Universidade McMaster, no Canadá, e autor principal do estudo.

Cerca de 4% das crianças e 1% dos adultos em todo o mundo foram diagnosticados com algum tipo de alergia alimentar. Mas a prevalência é maior nos países ocidentais, onde 8% das crianças e 4% dos adultos têm alergias alimentares.

O alimento de uma criança pode ser o veneno de outra: as alergias a amendoim predominam no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Austrália, mas são incomuns na Ásia, onde as alergias a trigo, ovo e leite são as mais frequentes.

As taxas de alergia alimentar têm aumentado nas últimas duas décadas, o que os cientistas acreditam ser devido ao aumento do saneamento e da limpeza. A ideia é que, com menos germes ao redor, o sistema imunológico das crianças se volta contra coisas inofensivas, como amendoim ou leite. Outros fatores incluem: a deficiência de vitamina D e o momento em que as crianças são expostas a alérgenos alimentares quando bebês.

Autoridades de saúde de muitos países afirmam que os bebês devem ser expostos lentamente a possíveis alérgenos para evitar alergias. As famílias com histórico de alergias alimentares são aconselhadas a trabalhar sob a orientação de um pediatra.

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