Imortal é o Real Madrid

Como não há verdades definitivas no futebol, Manchester City e Real Madrid fizeram questão de demonstrá-lo novamente.

Jogos de 180 minutos normalmente têm os primeiros 90 de estudos e cautelosos e os derradeiros de alta intensidade.

Pois ingleses e espanhóis, na verdade duas legiões estrangeiras, jogaram em Madrid um 3 a 3 enlouquecido no primeiro jogo e, no da volta, em Manchester, estranhamente, o time de Pep Guardiola jogou os dez primeiros com tamanho cuidado que deu a saída com recuo de bola para o goleiro Ederson, além de atuar tão lentamente que, se fosse boxe, o juiz interromperia a luta e tiraria ponto do lutador por falta de empenho.

O resultado de escolha tão surpreendente não tardou: no 12º minuto, no primeiro contra-ataque madridista, pela direita, para escapar da marcação de Walker, Vini Jr. fez grande passe para Rodrygo marcar mais uma vez, a quarta, contra o City.

Aí Kevin De Bruyne e companhia partiram para fazer o que deles se esperava desde o início do jogo de volta das quartas de final.

Foram para cima, mandaram bola na trave, fizeram o goleiro se virar, mas foram derrotados para o intervalo, incapazes, como diziam os locutores antigamente, de transformar a superioridade em gols.

O segundo tempo foi todo do City até De Bruyne empatar e depois do empate, suficiente para levar à prorrogação, com ares ingleses não fosse o fato de imortal mesmo ser o Real.

Então, já se sabia que o vencedor enfrentaria o Bayern Munique, noutro embate de gigantes, porque os bávaros venceram o Arsenal por 1 a 0, apesar de terem merecido mais.

O Arsenal pagou pela humilhação imposta pelo Bayer Leverkusen no Campeonato Alemão.

A prorrogação foi disputada como se houvesse 22 sobreviventes no gramado e a crueldade dos pênaltis chegou com 4 a 4 no placar agregado.

A Alemanha botava dois times nas semifinais. Espanhóis e ingleses buscavam por pelo menos um.
E na hora agá prevaleceu a gigantesca camisa merengue embora o Real Madrid tenha jogado de azul-marinho e nem merecesse se classificar, mas essa é a história do clube mais vitorioso do mundo, capaz de tirar do fundo d’alma a força para superar o insuperável: 4 a 3 nos pênaltis.

Lutará contra outro gigante, o Bayern, em busca da 15ª Champions.

Quase 600 quilômetros separam a simpática Dortmund, onde a seleção brasileira venceu Gana por 3 a 0 na Copa do Mundo de 2006, da incomparável Paris, palco da final da Copa de 1998, França 3, Brasil 0.

Diferentemente da capital francesa, jamais conheceria Dortmund não fosse o futebol.

O que serviu para conhecer uma cidade apaixonada pela bola e sua famosa Muralha Amarela da torcida do Borussia é a prova.

Borussia e PSG, apesar de Mpabbé e do maior investimento no time francês, depois do que fizeram, respectivamente, contra Atlético de Madrid e Barcelona, indicam a outra semifinal da Champions sem favorito.

Palmeiras contra o freguês Botinha, sem nem o problema de deslocamento e Corinthians contra o América potiguar e São Paulo contra o paraense Águia de Marabá, com os jogos de volta em Itaquera e no Morumbi, não têm desculpa para não passar pela terceira fase da Copa do Brasil.

O Trio de Ferro tem vida Maria-mole para chegar às oitavas de final.

O Flamengo também. Com dois jogos em casa, no Rio e em Manaus, contra o Amazonas.

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