Indígenas lutam pela sobrevivência dos idiomas maternos

Com apenas o português como idioma oficial, o Brasil tem, atualmente, 274 línguas indígenas faladas por 305 etnias, segundo a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). Apesar da diversidade, é cada vez maior a preocupação com possível desaparecimento dessas línguas diante da influência da urbanização sobre os mais jovens.

A Folha conversou com três indígenas amazonenses, de etnias distintas, que narraram as histórias de seus povos, repassadas de geração em geração, e o que fazem para manter viva a cultura ancestral.

Da etnia baré (AM), a pedagoga Cláudia Tomas, 45, mestranda em linguística na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), conta que o idioma próprio de seu povo foi extinto com os efeitos da colonização do Brasil.

Segundo a pedagoga, o povo baré fala, nos dias de hoje, a língua nheengatu, que foi imposta, no passado, aos indígenas de diversas etnias da região da amazônia por padres carmelitas, jesuítas e salesianos como forma de controlar, catequizar e padronizar os povos.

Essa intervenção seria o início do processo gradual do desaparecimento de alguns idiomas maternos.

"A gente sabe que uma das vertentes mais fortes da nossa identidade indígena é a língua. Então, para mim, é muito importante manter isso, principalmente, nesse momento que vivemos, no qual corremos o risco de perder os nossos idiomas, futuramente", frisa.

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