Promotoria de SP pede quebra de sigilo bancário de motorista de Porsche

A promotora da Justiça Monique Ratton entrou com uma série de pedidos à Justiça na investigação da morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, que foi atingido pelo Porsche conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24.

Ratton solicitou a quebra do sigilo de dados de cartões de crédito em nome de Sastre. De acordo com a promotora, a medida é imprescindível para esclarecer o pagamento de bebidas alcoólicas eventualmente consumidas pelo investigado e seu grupo de amigos instantes antes da colisão.

Além disso, a promotora defende que a quebra de dados deve ser estendida a terceiros caso os cartões utilizados para quitar a conta no bar pertençam a outras pessoas. O Ministério Público de São Paulo também solicitou as imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atuaram na ocorrência, assim como a realização, pelo IC (Instituto de Criminalística), da perícia por meio de scanner digital e reprodução simulada dos fatos em 3D.

Também foi solicitada a oitiva de testemunhas e dos atendentes do bar de onde saíram os envolvidos. O caso está em segredo de Justiça, imposto após a defesa de Sastre argumentar que ele estava sendo alvo de ameaças em decorrência do caso.

Nesta terça-feira (23), foi divulgado o laudo da perícia que demonstra que o motorista do Porsche estava a 156 km/h momentos antes da colisão. De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), também afirmou que, após sindicância, concluiu que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao bafômetro.

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RELEMBRE O CASO

A batida aconteceu na madrugada do último dia 31 em uma via da zona leste de São Paulo. O Porsche de Fernando Sastre de Andrade Filho bateu no carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52.

Sastre perdeu o controle do Porsche e colidiu na traseira de um Renault Sandero, de acordo com policiais militares que atenderam a ocorrência. Atingido, Viana foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu.

O empresário foi indiciado por suspeita de homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente. O dono do Porsche se apresentou na delegacia na tarde de segunda, mais de 30 horas após a colisão.

O Ministério Público afirma que Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe do empresário que causou o acidente, tentou atrapalhar as investigações.

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