Mais dados para morar melhor

Ao comprar ou vender um carro, uma das primeiras tarefas é buscar o valor indicado na famosa Tabela Fipe. Dispondo da marca, modelo e o ano do automóvel, rapidamente se consegue o valor médio do veículo. Ninguém foge muito do preço indicado, a menos que exista algo anormal (por exemplo, uma quilometragem muito alta).

No mercado imobiliário, por outro lado, é comum encontrar anúncios com preços muito acima do valor de mercado. Em alguns bairros da cidade de São Paulo, a diferença média ultrapassa 35%.

A explicação está na falta de dados confiáveis. Sem ter uma base fidedigna e sem conhecer o mercado, boa parte dos vendedores, ao anunciar, superestima o preço pedido. Não por acaso, leva-se em média 16 meses para vender um imóvel no Brasil, enquanto nos EUA, com fartura de dados, são cerca de 50 dias.

A má precificação tem custo social, que, somado a outros fatores, ajuda a explicar por que existem quase 600 mil imóveis vazios só na capital paulista, segundo o último Censo.

A falta de transparência também encarece o custo do crédito, dado que os bancos avaliam os ativos antes de conceder o empréstimo, pois, em caso de inadimplência, o imóvel é a garantia. Mesmo com algum apoio da ciência de dados, na maioria das vezes é necessário fazer uma vistoria física dos imóveis, envolvendo perda de tempo e dinheiro.

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