Julgamento mais perigoso contra Trump deve ficar para depois da eleição

As chances de Donald Trump ser julgado antes da eleição pelo 6 de Janeiro despencaram nesta quinta-feira (25). O atraso é mais uma vitória para o time de defesa do ex-presidente, que conta com a volta à Casa Branca para extinguir de vez os processos contra ele.

O sinal foi dado pela Suprema Corte ao ouvir os argumentos em torno da tese de imunidade presidencial defendida pelos advogados do republicano, segundo a qual um presidente não poderia ser acusado praticamente de nenhum eventual crime que tenha cometido enquanto estava no cargo.

Embora os juízes tenham indicado que não concordam inteiramente com ela, eles deram a entender que veem sentido na proteção se aplicar a atos oficiais, como decisões de política externa, em oposição a atos privados.

O principal fator de atraso, no entanto, é o sinal de que a definição de que tipo de ação se enquadra em cada categoria deve ser remetida para as instâncias inferiores da Justiça federal –o que torna praticamente impossível prever a conclusão do julgamento.

Outro complicador é que, a depender de como as ações imputadas a Trump na acusação forem enquadradas, uma nova longa batalha de recursos é esperada. Nesta quinta, por exemplo, o procurador Michael Dreeben já defendeu que evidências relacionadas a atos oficiais possam ser apresentadas ao júri, mesmo que garantam imunidade a Trump.

Por isso, o processo do 6 de Janeiro, no qual Trump é acusado de tentar reverter sua derrota na eleição de 2023 para Joe Biden, depende do desfecho da análise da tese da imunidade para começar. Parte das acusações feitas pelo conselheiro especial Jack Smith, do Departamento de Justiça, seriam atos privados, alega a defesa do republicano.

Os juízes conservadores –que são hoje a maioria da Suprema Corte, graças a três nomeações feitas por Trump– enfatizaram nesta quinta que estão menos preocupados com o caso em questão e mais com a repercussão da decisão para futuros presidentes.

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