Protestos pró-Palestina se fortalecem em universidades nos EUA; mais de cem são detidos em Boston

Cerca de cem manifestantes pró-Palestina foram detidos na manhã deste sábado (27) no campus da Universidade Northeastern, na cidade de Boston, nos Estados Unidos, em mais um episódio de prisões em meio ao aumento de protestos contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza em dezenas de campi no país.

"Quase cem pessoas foram detidas pela polícia. Os estudantes que apresentaram o documento de identificação da Universidade Northeastern foram liberados. Aqueles que se negaram a comprovar o vínculo foram detidos", afirmou a instituição na rede social X. O acampamento onde estavam os manifestantes foi esvaziado pela polícia.

A universidade destacou que, durante a noite de sexta-feira (26), os manifestantes proferiram "violentos insultos antissemitas, incluindo gritos de morte aos judeus". Organizadores negaram e disseram que insultos não foram proferidos e que o grito e "morte aos judeus" foi obra de um infiltrado.

Já na Universidade de Indiana, em Bloomington, 23 manifestantes foram detidos após montarem barracas no local, informou a polícia. Os detidos foram acusados de invasão criminosa e resistência à prisão.

"O Departamento de Polícia da Universidade de Indiana continua a apoiar protestos pacíficos no campus que seguem as regras da universidade", diz o comunicado da polícia.

Fortalecidas após repressão a um acampamento na semana passada na Universidade Columbia, em Nova York, quando mais de cem foram presos, as manifestações de apoio aos palestinos e contra a guerra travada por Israel contra o Hamas se propagaram por vários campi americanos, de costa a costa.

De acordo com o site Axios, cerca de 600 pessoas foram detidas em protestos do tipo em ao menos 15 instituições por todo o país. A pressão tem recaído principalmente sobre os reitores das instituições, de um lado criticados por reprimir os protestos e não condenar formalmente o apoio da Casa Branca a Tel Aviv e, de outro, por permitir atos vistos como antissemitas e agressivos contra estudantes e professores judeus.

"O que começou há dois dias como um protesto estudantil foi infiltrado por organizadores profissionais sem ligação com a Universidade Northeastern", denunciou o centro de ensino de Boston. Os detidos no campus serão submetidos a "procedimentos disciplinares", mas "não a medidas jurídicas", segundo o comunicado da universidade.

A polícia do estado de Massachusetts foi chamada pela segurança do campus no sábado de manhã para auxílio em remover manifestantes que se recusavam a deixar o local. A ação policial durou cerca de duas horas.

"Após chamar a polícia do campus, a polícia da cidade e a polícia estadual contra estudantes ativistas pacíficos, a reitoria publicou uma narrativa totalmente falsa e fabricada de que membros de nosso acampamento se envolveram em discurso de ódio no início desta manhã", disse o grupo de estudantes ativistas Huskies por uma Palestina Livre em um comunicado após as prisões, que negou a presença de infiltrados, segundo o jornal The Boston Globe.

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