Greta Thunberg cobra por 'justiça climática' em Davos: O que é isso?

Greta Thunberg e outras jovens ativistas ambientais realizaram um pequeno protesto em Davos nesta sexta-feira (20), no qual 💥️acusaram as elites reunidas no Fórum Econômico Mundial de não fazer nada para salvar o planeta.

Cerca de trinta manifestantes, entre elas a ativista equatoriana Helena Gualinga, se reuniram sob temperaturas abaixo de zero na rua que leva ao centro de congressos do fórum.

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Carregavam faixas com mensagens como "SOS!" e coreavam: "💥️O que queremos? Justiça climática! Quando queremos? Agora!"

"Uma coisa que eu acho que não percebemos, sentimos ou entendemos em lugares com tanta riqueza, poder e ganância é que o planeta Terra que nos cerca sofre uma dor imensa", disse a ativista paquistanesa Ayisha Siddiqa, que participou esta semana nos debates.

"O delírio deste evento é absolutamente ridículo. É horrendo", disse Siddiqa, cujo país sofreu enchentes devastadoras no ano passado, que mataram mais de 1.700 pessoas e causaram prejuízos bilionários.

O movimento por justiça climática nasceu após estudos científicos, como os do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), autoridade científica internacional de referência sobre o clima, mostrarem que certas regiões do mundo sofrerão mais que outras com os impactos das mudanças no clima.

Justiça climática é uma das pautas centrais da COP26 - Felipe Werneck/Observatório do Clima - Felipe Werneck/Observatório do Clima Uneafro Brasil.

E como alcançar justiça climática?

Tanto o movimento negro quanto o indígena têm encabeçado a pressão para que haja justiça climática nos principais debates sobre questões ambientais.

A participação das populações que mais serão atingidas nos espaços de debate e decisão para o futuro do planeta está no cerne da luta por justiça climática.

No relatório "Parem de queimar nossos direitos", divulgado em agosto deste ano, 💥️a Anistia Internacional, por exemplo, chama atenção para que essas pessoas não sejam vistas apenas como vítimas, mas como "agentes-chave de mudança e como lideranças dos esforços locais, nacionais e internacionais para enfrentar a crise climática".

Um estudo divulgado no ano passado, por exemplo, ao analisar informações de satélite entre 1982 e 2016 e registros do governo sobre terras indígenas, apontou que ter direito sobre o local onde vivem faz com que populações indígenas protejam a floresta amazônica, reduzindo em 66% o desmatamento.

💥️Precisamos agir diferente para colher novos resultados. E isso é política pública, são as grandes empresas realmente arcando com as consequências da produção desenfreada e a exploração dos recursos naturais. É também desde mudança a nível individual a ações do coletivo. J💥️ustiça climática precisa ser o cerne do desenvolvimento desse novo [futuro] que está surgindo, 💥️Flávia Bellaguarda.

*Com informações da AFP

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