IIF projeta crescimento “sólido”, mas nada espetacular para 2024

Remando contra o consenso global, as projeções para a economia global do Institute of International Finance (IIF), ou Instituto Internacional de Finanças, numa tradução livre, sugerem um avanço “sólido”, embora “nada espetacular” ao longo do próximo ano, com taxas superiores à média das previsões para os Estados Unidos, América Latina – com exceção para a Argentina – e ainda para a China, num cenário de baixa das taxas de inflação ao redor do mundo, preços de commodities em acomodação e perspectivas mais positivas para a entrada de capital estrangeiro para os países emergentes. Razões geopolíticas, no entanto, ainda continuariam a frear os fluxos de em direção ao mercado chinês, na visão do IIF.

O Produto Interno Bruto (PIB) global, nessa avaliação, tenderia a manter uma taxa de crescimento na faixa de 3,0% no próximo ano, repetindo a variação esperada para este ano, acima do avanço de 2,5% indicado pela Bloomberg, refletindo uma espécie de “consenso” entre economistas, instituições e corporações globais, e mais próximo do incremento de 2,8% antecipado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). As economias mais maduras, na média, tendem a apresentar taxas de crescimento inferiores à média mundial, com o IIF antecipando elevação em torno de 1,3% em 2024, diante de 1,4% neste ano. Mais pessimista, o consenso coletado pela Bloomberg sugere elevação de 0,9%, abaixo mesmo da previsão do FMI, que seguia ao redor de 1,3%.

Ainda nas previsões do IIF, o PIB brasileiro tende a experimentar elevação de 3,1% neste ano, um pouco acima das expectativas do mercado financeiro, capturadas pelo relatório semanal Focus do Banco Central (BC), que sugeriam avanço em torno de 2,92% para a economia do País no fechamento de 2023. Apenas a título de observação, na primeira semana de janeiro deste ano, as apostas do mercado tentavam convencer mentes e corações de que a economia brasileira virtualmente não cresceria em 2023, contentando-se com uma variação modestíssima de 0,78%.

💥️Pessimismo lucrativo

Ao avaliar as possibilidades do PIB brasileiro no próximo ano, o IIF sugere certa desaceleração, com o crescimento recuando para 2,4%. Mais uma vez acima do prognóstico trazido pelo Focus, que mantém para 2024 uma estimativa de crescimento próxima de 1,52%, praticamente a mesma taxa antecipada em janeiro passado (1,50%). O pessimismo já tradicional dos mercados tem adotado como pretexto, assim como no início do ano, uma suposta ameaça de “risco fiscal”, que poderia colocar o setor público federal diante da perspectiva improvável de não conseguir honrar juros e amortizações de sua dívida. O pessimismo, neste caso, tem se revelado lucrativo para o setor financeiro, funcionando como ferramenta estratégica para preservar a política de arrocho dos juros e retardar sua queda.

💥️Balanço

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