O papel dos EUA no golpe e na democracia do Brasil

Os Estados Unidos tiveram papel preponderante no golpe de Estado que, em 1964, depôs o presidente João Goulart e instituiu uma ditadura que perduraria por 21 anos no Brasil, até 1985. Da embaixada americana no Rio de Janeiro, o então embaixador Lincoln Gordon informava o presidente Lyndon Johnson sobre os acontecimentos e aconselhava-o a apoiar os militares golpistas.

Parte importante desse apoio veio na forma de pressão militar, quando navios de guerra norte-americanos desceram em direção à costa brasileira para dissuadir qualquer eventual resistência de tropas fiéis a Goulart e para encorajar os golpistas a levarem a cabo seu plano.

Na Guerra Fria, convinha aos EUA de então fomentar os ataques à democracia que eram perpetrados por uma elite política, econômica e militar latino-americana fiel a Washington e paranoica com o socialismo.

Levou anos até que a Casa Branca e o Departamento de Estado americano começassem a modular o apoio dado aos generais latino-americanos. Casos de tortura, execução sumária, desaparecimento forçado e até o sequestro de bebês foram elevando o custo do apoio irrestrito de Washington aos regimes militares.

Passados 60 anos, os americanos voltaram agora, em 2022, a desempenhar papel central num golpe
—só que, desta vez, do lado dos que defendem a democracia. O governo do presidente Joe Biden respaldou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e a lisura do processo que culminou na escolha de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.

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