Lia Chaia se volta aos órgãos humanos para debater corpo e existência em exposição

O cubo branco, modelo modernista de arquitetura para abrigar exposições de arte, foi banhado de vermelho pela artista Lia Chaia. Os diferentes tons de rubro servem para ambientar a obra em vídeo disposta no meio da sala, que mostra um corpo feminino nu.

Sobre o corpo, um desenho animado parece representar as entranhas da personagem sem rosto, que estão agitadas e se mexem sem parar. "Estão remoendo algo", afirma a artista. Poderia ser aflitivo, mas os traços desenhados à mão livre por Chaia lembram recortes de mandalas, quase como se tivessem a obrigação de apaziguar qualquer angústia.

Os desenhos também ocupam uma parede inteira do segundo andar da galeria Vermelho, em São Paulo, onde a artista abre a exposição "Organoide". Chaia fez parte de um grupo de artistas que criticavam os modelos de urbanização no Brasil moderno que pregavam a lógica desenvolvimentista que prometeu ao país uma grandiosidade nunca entregue.

Conhecida por obras que investigam a inserção do ser humano em paisagens urbanas e naturais, Chaia agora se volta para o interior do corpo.

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