Rússia e Cazaquistão retiram mais de 100 mil pessoas em meio às piores enchentes em 70 anos

A Rússia e o Cazaquistão ordenaram a retirada de cerca de 100 mil pessoas nas últimas duas semanas depois que a neve derretida fez com que rios transbordassem rapidamente, anunciaram as autoridades de ambos os países nesta terça-feira (9). São as piores inundações nas regiões em pelo menos 70 anos.

As enchentes foram causadas por chuvas torrenciais e um rápido degelo devido ao aumento das temperaturas. As operações de resgate ocorreram no oeste e no norte do Cazaquistão.

Autoridades russas anunciaram 6.500 retiradas e mais de 10,5 mil casas inundadas em regiões nos Urais e na Sibéria. Em cinco regiões do Cazaquistão, a água inundou mais de 3.700 residências e os rios continuam a transbordar; mais de 86 mil pessoas foram orientadas a deixar suas casas.

O presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev, alertou para um dos piores desastres naturais dos últimos 70 anos e acusou as autoridades locais de falta de preparação.

O dilúvio de água derretida sobrecarregou dezenas de assentamentos nos Montes Urais, na Sibéria e em áreas do Cazaquistão perto de rios como o Ural e o Tobol. Segundo as autoridades locais, foram os níveis mais altos já registrados nesses locais.

Na Rússia, a região de Orenburg é a mais afetada, devido às cheias do rio Ural, o terceiro mais longo da Europa que rompeu uma barragem na última sexta-feira (5). O prefeito da cidade homônima mencionou inundações "sem precedentes" que poderão atingir níveis máximos na quarta-feira (10).

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Barragens e diques foram reforçados na cidade homônima de Orenburg, com mais de meio milhão de habitantes. À medida que o rio Ural subia até quase 10 metros de altura, os moradores remavam pelas estradas como se fossem rios.

As autoridades também emitiram alertas de emergência e solicitaram retiradas em Kurgan, uma cidade às margens do rio Tobol, e em Tyumen, uma importante região produtora de petróleo da Sibéria Ocidental –a maior bacia de hidrocarbonetos do mundo.

"Os dias difíceis ainda estão por vir para as regiões de Kurgan e Tyumen", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos repórteres. "Há muita água chegando."

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