Planeta passa por branqueamento massivo de corais, que deve ser o maior já registrado

Os recifes de coral do mundo estão passando por um evento global de branqueamento causado por temperaturas oceânicas extraordinárias, anunciaram a Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) e parceiros internacionais nesta segunda-feira (15).

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É o quarto evento global desse tipo registrado e espera-se que afete mais recifes do que qualquer outro. O branqueamento ocorre quando os corais ficam tão estressados que perdem as algas simbióticas de que precisam para sobreviver. Os corais branqueados podem se recuperar, mas se a água ao redor deles estiver muito quente por muito tempo, eles morrem.

Os recifes de coral são ecossistemas vitais: berços de calcário da vida marinha que nutrem cerca de um quarto das espécies oceânicas em algum momento de seus ciclos de vida, apoiam peixes que fornecem proteína para milhões de pessoas e protegem as costas de tempestades. O valor econômico dos recifes de coral do mundo foi estimado anualmente em US$ 2,7 trilhões (R$ 14 trilhões).

No último ano, as temperaturas oceânicas têm sido fora do comum.

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"Isso é assustador, porque os recifes de coral são tão importantes", disse Derek Manzello, coordenador do programa Coral Reef Watch da Noaa, que monitora e prevê eventos de branqueamento.

A notícia é o mais recente exemplo das previsões alarmantes dos cientistas do clima se concretizando à medida que o planeta se aquece. Apesar de décadas de alertas dos cientistas e promessas dos líderes, as nações estão queimando mais combustíveis fósseis do que nunca e as emissões de gases de efeito estufa seguem aumentando.

Mortes substanciais de corais foram confirmadas ao redor da Flórida e do Caribe, especialmente entre as espécies ✅Acropora cervicornis e ✅Acropora palmata, mas os cientistas dizem que ainda é cedo para estimar qual será a extensão da mortalidade global.

Para determinar um evento global de branqueamento, a Noaa e o grupo de parceiros globais, a Iniciativa Internacional de Recifes de Coral, usam uma combinação de temperaturas da superfície do mar e evidências dos recifes.

De acordo com seus critérios, todos os três oceanos que abrigam recifes de coral —o Pacífico, o Índico e o Atlântico— devem passar por branqueamento dentro de 365 dias, e pelo menos 12% dos recifes em cada oceano devem ser submetidos a temperaturas que causam branqueamento.

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