Leona Cavalli vive a loucura de Erasmo de Rotterdam em retorno aos monólogos

"Todos os animais aceitam viver dentro dos limites de sua condição, só os humanos querem ultrapassá-los", brada Leona Cavalli, vestindo um casaco de pele e uma coroa dourada de máscaras. Ela parece uma entidade, mas é a loucura encarnada de Erasmo de Rotterdam.

A ideia de adaptar para os palcos "Elogio da Loucura", livro escrito em 1509 pelo filósofo holandês, partiu da própria atriz e foi acatada com entusiasmo pelo diretor Eduardo Figueiredo. "A visão da loucura é necessária para a lucidez de todos nós. Sob a ótica da loucura, o mundo é louco, mas ela é lúcida", diz Cavalli, sobre a obra escrita há mais de 500 anos.

No monólogo, Cavalli dá voz à própria loucura, assim como fez Rotterdam na sátira que se tornou grande influência para o pensamento humanista cristão. As denúncias afiadas à hipocrisia, intolerância, ao governo e à Igreja medieval parecem ter sido escritas hoje. "A história se repete, e essa é uma das grandes loucuras que vivemos enquanto humanidade", afirma.

"Em muitos momentos, as pessoas têm certeza de que [o texto] é uma adaptação nossa, só que não é. É incrivelmente contemporâneo". Exemplo é quando a loucura zomba do governante que desdenha da ciência e bajula o povo para ser aclamado como mito.

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