Câmara dos EUA aprova megapacote de US$ 95 bilhões em ajuda a Ucrânia, Israel e Taiwan

Depois de um longo e tortuoso caminho, a Câmara dos Estados Unidos, controlada pelo Partido Republicano, aprovou neste sábado (20) um pacote de ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan, todos aliados americanos, no valor de US$ 95 bilhões (cerca de R$ 494 bilhões).

Mais de dois meses se passaram desde que o Senado, de maioria democrata, aprovou uma medida semelhante. Desde então, os líderes dos EUA, desde o presidente democrata Joe Biden até o principal republicano do Senado, Mitch McConnell, vinham insistindo com o presidente da Câmara, Mike Johnson, para que ele colocasse o pacote em votação.

Nesta semana, Johnson avançou com a medida, que inclui cerca de US$ 60,8 bilhões para a Ucrânia, US$ 26 bilhões para Israel e ajuda humanitária para civis em Gaza, além de US$ 8 bilhões para a região do Indo-Pacífico. No pacote também está uma ameaça de proibição da rede social chinesa TikTok nos EUA e a potencial transferência de ativos russos apreendidos para Kiev.

Com a aprovação, o projeto volta para o Senado na semana que vem e em seguida vai para a assinatura de Biden, que deve transformar o pacote em lei. Neste sábado, o presidente pediu pressa no envio para a sua chancela.

Durante a votação, cerca de uma dúzia de parlamentares democratas agitaram bandeirinhas ucranianas quando ficou claro que a parte relativa à Kiev ia passar. Johnson disse a eles que isso era uma "violação do decoro".

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou no X, o antigo Twitter, se sentir grato aos partidos Democrata e Republicano e a Johson "pela decisão que mantém a história no caminho certo".

Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, disse à agência de notícias russa Tass que a aprovação do pacote vai arruinar ainda mais a Ucrânia e resultar em mais mortes. Ainda segundo ele, uma disposição na legislação que permite à administração dos EUA confiscar bens russos apreendidos e transferi-los para a Ucrânia mancharia a imagem de Washington.

A aprovação refletiu o apoio bipartidário no Congresso para continuar a ajudar os militares ucranianos a derrotar as forças russas, mas também o risco político assumido pelo presidente da Câmara em colocar a votação em pauta —ele desafiou a ala radical de seu partido, que havia impedido o avanço da medida e ameaçado expulsá-lo do cargo.

Durante meses, foi incerto se o Congresso aprovaria mais financiamento para a Ucrânia, mesmo no momento em que a dinâmica da guerra mudou a favor da Rússia. Os republicanos linha dura opuseram-se a um novo pacote de ajuda a Kiev, a menos que o presidente Biden concordasse com medidas anti-imigração rigorosas.

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