CNA propõe alta de 30% no dinheiro disponível para o Plano Safra

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) entregou documento ao governo federal nesta quarta-feira (24) propondo aumento dos recursos do Plano Safra de 2024/25 para R$ 570 bilhões.

Esse valor supera em 30% o recorde de recursos destinados ao setor no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em 68% o volume financeiro ofertado por Jair Bolsonaro (PL) em 2022, seu último ano de governo.

Conforme sugestão da entidade, R$ 359 bilhões seriam para custeio e comercialização, R$ 111 bilhões para investimentos e R$ 100 bilhões para a agricultura familiar.

Um dos pontos prioritários destacados no documento é a necessidade de suplementação do seguro rural deste ano, que somaria R$ 3 bilhões, e uma disponibilidade de R$ 4 bilhões para 2025.

A entidade aponta que os efeitos climáticos sobre produtividade e produção em diversas cadeias do setor, com destaques para soja e milho, justificam esse aumento de valor.

O setor teve um cenário de perdas com os efeitos do El Niño e, agora, sofrerá com La Niña. Nesse contexto de margens apertadas, o papel do seguro rural é fundamental para mitigar riscos inerentes à atividade agropecuária, segundo a entidade.

Em um cenário de preços em queda e de dificuldades de comercialização, os investimentos são prioritários, principalmente para pequenos e médios produtores. Para a CNA, a ampliação de recursos deve ser dirigida para a construção de armazéns, irrigação, inovações tecnológicas e produção sustentável.

O processo de constituição de garantias nas operações de crédito à agropecuária é muito ineficiente, dificultando a atuação de produtor e de investidor. A entidade vê a necessidade da racionalização de procedimentos, garantindo dinamismo às operações de crédito.

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O custo efetivo das operações da agricultura familiar chega a ser quatro vezes acima do da taxa de juros anunciada no Plano Safra.

Com o objetivo de reforçar as operações oficiais de crédito, a entidade sugere, dentre os R$ 111 bilhões de investimentos, a destinação de R$ 8,3 bilhões para Renovagro; R$ 8,5 bilhões para o Moderfrota e R$ 2,85 bilhões para o Moderfrota Pronamp (médios produtores); R$ 4,94 bilhões para o PCA (construção e reformas de armazéns) e R$ 3,42 bilhões para o PCA de até 6.000 toneladas.

A entidade recomenda, ainda, R$ 36,6 bilhões para juros livres e R$ 16,2 bilhões para os controlados.

Diante das dificuldades de crédito, o setor quer uma ampliação das fontes de dinheiro para o sistema rural.

Entre as medidas, aumentar para 30% o direcionamento de recursos sobre os depósitos à vista, elevar para 70% o percentual de exigibilidade sobre a poupança rural e subir para 85% o percentual de recursos captados por meio de LCAs direcionadas ao crédito rural.

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