Policiais reagem rápido para desmobilizar acampamentos em universidades nos EUA

Policiais dos Estados Unidos têm agido rápido para desmontar acampamentos de manifestantes pró-Palestina que continuam surgindo em universidades a despeito das mais de 250 detenções que ocorreram nos últimos dias, inclusive de professores. As ações indicam uma mudança na estratégia das autoridades, que têm sido mais incisivas para coibir novos atos.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram policiais conduzindo manifestantes com as mãos atadas, nesta quinta-feira (25), na Universidade de Princeton, uma das mais prestigiadas do país, em Nova Jersey. A ação ocorreu horas depois que estudantes começaram a montar um acampamento no campus.

"Todos vocês estão violando a política da universidade. As tendas devem ser desmontadas agora", diz um policial em um dos vídeos divulgados na plataforma X, enquanto manifestantes gritam "Palestina livre".

Em Massachusetts, a polícia de Boston também agiu de forma dura para desmobilizar um acampamento em solidariedade aos palestinos nas últimas horas. Segundo relatos divulgados pela imprensa local, mais de cem pessoas foram presas e dezenas de barracas foram desmontadas no início da madrugada.

Os protestos vêm causando tumultos e confrontos nas universidades americanas. Enquanto estudantes reivindicam o direito de se manifestar e defendem o fim dos ataques contra os territórios palestinos, alunos judeus se dizem temerosos e afirmam que os atos contra a guerra se transformaram em antissemitismo.

As imagens nas redes mostram policiais dispersando ativistas com bombas de efeito moral. Testemunhas também relataram o uso de spray de pimenta e de balas de borracha contra estudantes. Em uma das gravações, três agentes mobilizam um homem negro, que aparece no chão e com as mãos atadas, enquanto um dos policiais pressiona uma arma taser contra o seu corpo. O caso teria ocorrido na Universidade de Atlanta, na Geórgia, e não há informações sobre o estado de saúde do manifestante.

Na Universidade Emory, em Atlanta, repórteres da CNN americana testemunharam as detenções da chefe do departamento de Filosofia, Noelle McAfee, e da professora de economia Caroline Fohlin —também não havia informações sobre a situação e paradeiro delas.

As ações, contudo, não têm impedido o surgimento de novos atos em todo o país. Na Universidade Northwestern, em Illinois, estudantes começaram a erguer barracas na manhã desta quinta. Os organizadores exigem que a instituição proteja palestrantes pró-Palestina e que encerrem vínculos com instituições israelenses. "Nos recusamos a permitir que os negócios continuem como de costume", disseram várias organizações estudantis em nota divulgada de forma conjunta.

Manifestantes também estavam erguendo barracas na Universidade George Washington, na capital americana, onde um grupo de manifestantes dizia "ter o direito de se rebelar".

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