Madonna fez do verde e amarelo um símbolo de trégua e prazer no Rio

É dura a ressaca. Difícil dessintonizar da febre que viveu o Rio de Janeiro esses dias em torno de Madonna em Copacabana. No rádio, na praia, nos bares, nas ruas, no aeroporto, só a voz dela nos alto-falantes, a trilha sonora hedonista do balneário mais vistoso do mundo.

Uma imagem que fica do show, no entanto, tem mais camadas. Madonna se vestiu de verde e amarelo, agitou a bandeira do Brasil e levou uma batucada para dentro de sua "Music", um dos pontos altos da apresentação. Fez isso ao lado de Pabllo Vittar, a drag mais famosa do país.

Nas redes, logo vieram comemorações e memes. A rainha do pop teria resgatado as cores da bandeira para todos, não só bolsonaristas roxos ou golpistas de plantão. Todos nós somos verde e amarelo de novo.

A multidão de todas as cores e sexualidades abarrotando a praia de Copacabana é toda verde e amarelo também, unida, como lembrou a diva, entre o mar e as montanhas e debaixo dos braços de Cristo no alto do Corcovado.

O espetáculo de Madonna não foi nada menos que isso, uma explosão furiosa de alegria, descompressão, deslumbramento. Não penso que cura as feridas e fissuras de um país dividido, rachado ao meio, como disseram uns e outros, mas abre um intervalo, um estado de suspensão, como se pedisse uma trégua, um respiro para que se possa celebrar, como ela canta em "Holiday".

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