Flatiron Building, prédio triangular de NY, irá à leilão após 121 anos

Flatiron Building, em Nova York - resulmuslu/Getty Images

Como o grupo GFP Real Estate, Newmark, Sorgente Croup e ABS Real Estate Partners — que detém 75% do prédio e representa diversos acionistas imobiliários — e Nathan Silverstein, detentor dos outros 25%, não concordam em aspecto algum, um juiz do estado de Nova York deu a ordem em janeiro para que a venda siga adiante e se resolva o impasse de vez.

O leilão está marcado para 22 de março e será conduzido por Matthew Mannion da empresa Mannion Auctions. Ao The Real Deal, publicação americana especializada no mercado imobiliário, o grupo de acionistas majoritários adiantou que irá oferecer lances — em um esforço de ganhar o controle total do prédio icônico.

A briga já se arrasta há anos. Segundo uma declaração juramentada do grupo GFP-Newmark-Sorgente-ABS obtida pelo Post, as discordâncias começaram em 2017, quando o selo editorial MacMillan Publishers anunciou que se mudaria do prédio — que ocupava inteiramente — em dois anos.

No entanto, o apelido e a história do prédio começam muito antes de sua construção em 1901. Em 1855, foi erguido na porção sul do seu terreno um hotel, o St. Germain. Dois anos depois, Amos Eno, um famoso investidor imobiliário, comprou todo o terreno e construiu na diagonal do antigo hotel um novo, o Fifth Avenue.

Em 1899, Eno morreu, mas o apelido já havia se solidificado. Os terrenos passaram de mãos algumas vezes até que, em 1901, a empreiteira Fuller Company resolveu erguer ali um imenso (para a época) arranha-céu como sede de seus negócios.

Não à toa, em 1966, ele foi declarado Marco Histórico de Nova York e, em 1989, de todos os Estados Unidos. Um dia apenas coadjuvante literário na obra futurista de H.G. Wells, "The Future in America: A Search After Realities", nos anos seguintes ele fez, ironicamente, "pontas" em séries como "Friends" e filmes como a primeira trilogia do Homem-Aranha.

Seu hiato nas atividades culturais e na vida da cidade coincidiu — de forma estranhamente sincronizada — com a pandemia de covid-19 que silenciou a sempre vibrante Nova York. Por isso, mais do que seu leilão, seu retorno é muito aguardado pelos moradores e turistas ansiosos por uma selfie diante da construção que se tornou um símbolo da maior metrópole americana.

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