Suposto herdeiro ataca Saul Klein em disputa com irmãos por herança

Moacyr Ramos de Paiva morreu em 2023, tentando provar que é um filho fora do casamento de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia. Sua família continua o intento do pai de dividir a herança com os outros irmãos, que travam uma disputa intensa pelo espólio. Saul, o mais novo, diz que a fortuna deixada é maior e insinua que Michael escondeu bens e valores.

Há cerca de dez dias, o espólio de Moacyr entrou nessa briga com ataques a Saul. Os advogados de Paiva aproveitaram uma petição, feita em 1 de abril, em que Saul cobra de seu irmão Michael —primogênito e inventariante— que incorpore mais de R$ 7,6 bilhões à herança.

Esse valor se refere a ações da Via Varejo (atual Casas Bahia) repassadas por Samuel a Michael em 2013, um ano antes da morte do pai.

Ao juiz da 4ª Vara Cível da Comarca de São Caetano (SP) o espólio de Moacyr disse que Saul tem "memória curta", porque ele também foi beneficiário de transferências das ações.

Os advogados afirmam que, em julho e setembro de 2009, o criador das Casas Bahia fez doações que totalizaram R$ 883,8 milhões a cada um dos herdeiros. Consideram que esse "bolo" deveria ser colocado no espólio para que Moacyr também tivesse parte.

Eles afirmam ainda que, em novembro daquele ano, Saul vendeu sua participação na empresa por R$ 950 milhões.

Corrigidos pelo IPCA até março, esses valores somariam R$ 4 bilhões.

O espólio de Moacyr afirma que Saul é partícipe de uma "trama perversa" em que Saul serviria como um laranja da 360 Graus, empresa da qual é sócio com outras duas pessoas.

Isso porque, com base na declaração de um ex-advogado de Saul à Justiça, Saul alienou fiduciariamente todos os seus direitos hereditários à 360 Graus. Ou seja, a herança de Saul pertenceria a essa empresa.

Por isso, o espólio de Moacyr diz que os pedidos de Saul na Justiça são "lágrimas de crocodilo" e que, na verdade, Saul estaria agindo como laranja dessa empresa.

"A postura de agora não é a do herdeiro que gastou R$ 4 bilhões com mulheres e futebol. É a da empresa 360 Graus Intermediação de Negócios LTDA, investidora, tentando obter a melhor rentabilidade da tese ‘família Klein’", escreve Anderson Henriques Hamermüler, advogado do espólio de Moacyr na petição.

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