Ministério Público pegou muito na mão de réus, diz novo procurador-geral nomeado por Tarcísio

Nomeado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o novo chefe do Ministério Público de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou que a instituição "pegou muito na mão" dos acusados de crimes e que isso precisa ser revisto.

"Eu vejo que o Ministério Público pegou muito na mão do réu, mas a vítima é a protagonista desse assunto, a vítima do crime, a vítima da violação do direito", disse ao tomar posse na sede do órgão nesta terça-feira (16).

"A minha proposta é que o Ministério Público se comunique com a vítima [porque elas] precisam saber do resultado do seu processo", afirmou.

Ele acrescentou que o foco na vítima deve se traduzir em trazê-la para dar informações, de modo a reparar seu dano.

Costa foi escolhido por Tarcísio após ficar em terceiro lugar na lista tríplice da instituição. Pela Constituição, o governador pode escolher para o cargo qualquer um dos três primeiros colocados na votação interna da categoria.

Na lista tríplice entregue ao governador, Costa foi o que teve menos votos, um total de 731. José Carlos Cosenzo recebeu 1.004 votos e Antonio Carlos da Ponte, 987.

Agora, ele assume como procurador-geral de Justiça, para um mandato de dois anos.

Durante seu discurso de posse, o novo procurador-geral agradeceu ao governador e afirmou que será "um enorme desafio e responsabilidade" assumir o cargo no lugar de Mário Sarrubbo, que hoje é secretário no Ministério da Justiça.

Segundo Costa, o combate ao crime organizado será outra prioridade. Ele citou também a atuação contra delitos dentro do ambiente político.

"O Ministério Público na minha gestão vai aprofundar as ações de inteligência e de estratégia. Não só em nível estadual, porque isso ultrapassa os limites do estado. Nós também vamos atuar junto a Secretaria Nacional de Segurança Pública", afirmou.

"Nós vamos fortalecer cada vez mais os nossos grupos, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que tem tido uma atuação espetacular, o Cira (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos) e o Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública)."

Para isso, ele afirma que pretende fortalecer com estrutura, pessoal, material, tecnologia, parceria com as agências e órgãos de controle e, principalmente, atuando junto com as polícias.

"As nossas polícias são muito bem preparadas. O fortalecimento do Gaeco, das Promotorias criminais, do Gaesp, todos esses grupos [são importantes], porque no fim eles se complementam."

Ele afirmou ainda que em conversa com o governador do estado e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse a eles que o Ministério Público "vai continuar sendo parceiro dos poderes públicos e, principalmente, da sociedade numa atuação mais eficiente".

O novo chefe do Ministério Público paulista concluiu o discurso de posse dizendo que tem plena convicção que o cargo exige liderança e capacidade de enfrentar pressão e de melhorar a vida das pessoas.

O procurador-geral de Justiça atua nos casos de réus e investigados com direito a foro especial. Também é responsável por chefiar administrativamente o Ministério Público e deve trabalhar em defesa dos direitos coletivos, fiscalizando a constitucionalidade de leis e atos normativos.

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