Os brasileiros que estão presos em Dubai por conta das enchentes e não conseguem voltar

Desde o início da semana, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, vem sofrendo com enchentes. A situação prejudicou o funcionamento da cidade e impediu que passageiros retornassem ao Brasil na data prevista.

Mesmo com a água baixando em alguns pontos, inclusive no aeroporto, muitos brasileiros alegam que não conseguem sair de lá e não recebem assistência adequada da Emirates, principal companhia aérea que realiza voos para o país.

É o caso do diretor de inteligência de vendas Dennis Velloso, 34, que foi passar a lua de mel na Tailândia e, ao retornar, tinha uma conexão em Dubai de algumas horas. No entanto, por causa das inundações, foi impedido de embarcar no voo original, que tinha data para a última terça-feira (16).

Diante do ocorrido, ele já está há pelo menos 58 horas no aeroporto e ainda não sabe quando vai voltar para casa. As informações e serviços prestados pela companhia aérea, segundo ele, deixam a desejar. "Há um balcão com informação, onde tem gente que vai lá às 10h e só consegue alguma resposta ou mudança de voo às 17h. Quase oito horas esperando", diz.

O brasileiro relata que a situação está caótica e que as remarcações são quase impossíveis de serem feitas. Dennis estima que há pelo menos 50 brasileiros esperando no aeroporto e cerca de 300 pessoas de várias nacionalidades esperando atendimento e remarcação de voos.

"Tem gente dormindo no chão, que não está tomando banho e com problema de saúde. E não nos ofereceram um hotel até agora", conta, indignado. Sua esposa também está frustrada com o ocorrido: "Uma das nossas escolhas para a lua de mel que teve mais peso em custo e expectativa de qualidade foi a companhia aérea. Da noite para o dia, o sonho virou pesadelo e estamos passando pelos piores dias da nossa vida", destaca Hadassa Rodrigues.

Prejuízo de quase R$ 3.000

A grande espera fez com que muitos dos passageiros tivessem que arcar com muitas despesas extras. Dennis alega que só recebeu um voucher de comida depois de 48 horas em que já estava no aeroporto. Mesmo com o benefício, a alimentação não é suficiente e os gastos acabam ultrapassando o esperado. "Dois hambúrgueres, uma batata frita e um refrigerante sai a R$ 400. Estou gastando mais aqui do que nos dias em que passei na Tailândia", relata o brasileiro.

Antes, ele e a esposa estavam utilizando a sala vip do espaço, mas como já estão há quase três dias, o benefício acabou, já que eles excederam o limite permitido. Os banhos também estão sendo pagos e é necessário desembolsar R$ 100 toda vez que desejam utilizar o serviço. Somando todos os valores, ele destaca que os gastos já chegam a quase R$ 3.000.

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