Trump criou esquema criminoso de fraude eleitoral em 2016, dizem promotores de Nova York

Promotores de Nova York afirmaram nesta segunda-feira (22) que Donald Trump orquestrou um "esquema criminoso" para cometer "fraude eleitoral" em 2016. A acusação ocorreu durante o primeiro julgamento criminal de um ex-presidente dos Estados Unidos. A defesa do republicano, por sua vez, afirmou que não há "nada de errado em tentar influenciar uma eleição".

Acusação e defesa apresentaram seus argumentos iniciais aos 12 jurados e seis suplentes, responsáveis por selar o destino do político que aspira a retornar à Casa Branca nas eleições de novembro. A escolha do júri foi finalizada na última sexta-feira (19).

Trump assistiu aos procedimentos do tribunal e, ocasionalmente, conversou com seu advogado Todd Blanche.

Os promotores dizem que o ex-presidente tentou esconder histórias que poderiam ser prejudiciais para sua campanha de 2016. O esquema envolveria o pagamento de US$ 130 mil feito por Michael Cohen, advogado de Trump à época, à atriz pornô Stormy Daniels para que ela não revelasse um suposto encontro sexual com o empresário uma década antes. Trump reembolsou Cohen, segundo os promotores, e teria maquiado as despesas nas contas de sua empresa para que elas fossem consideradas gastos de campanha.

"O réu, Donald Trump, orquestrou um esquema criminoso para corromper as eleições presidenciais de 2016", disse o promotor Matthew Colangelo ao júri de 12 pessoas. "Foi fraude eleitoral, pura e simples."

Trump se declara inocente de 34 acusações de falsificação de registros comerciais apresentadas pelo promotor distrital de Manhattan e nega ter tido um encontro sexual com a atriz.

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Após as manifestações dos promotores, a defesa de Trump afirmou que o republicano não cometeu um crime ao pagar seu ex-advogado. "O presidente Trump é inocente, não cometeu nenhum crime. O gabinete do promotor distrital de Manhattan nunca deveria ter aberto este caso", disse Todd Blanche.

Os jurados do julgamento histórico também ouviram brevemente a primeira testemunha da acusação: o David Pecker, ex-editor do tabloide National Enquirer, conhecido pela cobertura sensacionalista de celebridades. Os promotores dizem que ele participou de um esquema para suprimir publicações negativas sobre Trump e ajudá-lo a ser eleito.

De acordo com os promotores, Pecker teria feito um acordo com Trump e Cohen durante uma reunião em agosto de 2015 para atuar como "olhos e ouvidos" da campanha.

A American Media, que publica o National Enquirer, admitiu em 2018, como parte de um acordo para evitar processos criminais, que pagou US$ 150 mil à ex-modelo da revista Playboy Karen McDougal pelos direitos de seu relato sobre um caso de meses com Trump em 2006 e 2007. A editora disse que trabalhou "em conjunto" com a campanha do ex-presidente e nunca publicou a história.

Trump disse que os pagamentos foram pessoais e não violaram a lei eleitoral. Ele também negou o caso com McDougal.

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