Expansão de grandes redes puxa varejo farmacêutico

O faturamento do varejo farmacêutico cresceu 58% em 5 anos, entre 2023 e 2023, segundo dados da consultoria IQVIA. A tendência é que, neste ano, o setor se expanda 9,7% e mantenha uma média de cerca de 7% nos próximos três anos.

As 26 redes associadas à Abrafarma (associação que reúne as maiores redes de drogarias no país) foram responsáveis por quase metade de todo o faturamento do mercado em 2023, ainda que representem apenas 11% do total de farmácias no Brasil.

"É um setor que cresce muito em uma parte. Outra parte, nitidamente, está diminuindo. Hoje, as [farmácias] independentes não representam 20% do negócio", diz Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Para ele, isso se deve à eficiência de abastecimento e logística das grandes redes. "Elas compram em grande volume da indústria e distribuem para elas mesmas. Isso para não faltar produto, que é um grande problema do setor", explica.

Entenda a metodologia da pesquisa Datafolha

Neste ano a RD Saúde, grupo que contempla as drogarias Raia e Drogasil, inaugurou dois centros de distribuição no Amazonas e no Pará. A rede passou a contar com uma malha de 14 centros, que abastecem lojas em todas as regiões do país.

"Nosso negócio só funciona bem hoje porque temos a loja física em conjunto. As lojas servem como um ‘minicentro de distribuição’ para que a pessoa receba a mercadoria mais rápido", explica Paulo Sanchez, diretor de expansão da RD Saúde. Na RD Saúde, 92% dos pedidos online são entregues em até uma hora —e quase todos, de alguma forma, passam pela loja física.

De acordo com ele, a estratégia permite mais regularidade nas entregas e maior variedade de produtos nas farmácias da rede, além de possibilitar a inauguração de lojas. Em 2024, a marca planeja abrir cerca de 300 novos estabelecimentos.

"O centro de distribuição do Mato Grosso, por exemplo, propicia a expansão para todo o eixo da Rodovia Marechal Rondon, que leva até a Rondônia e o Acre. O do Pará ajuda na operação do estado e também atende os vizinhos. O de Manaus é um pouco menor, mas nos dá um pulmão dentro do Amazonas, para não depender da frequência de entregas de avião ou barco", explica.

O Grupo DPSP, dono das drogarias São Paulo e Pacheco, conta com seis centros de distribuição em estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e estuda expandir o número em 2024.

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