Xi Jinping recebe Blinken e cobra aceitação de desenvolvimento da China

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, levantou suspeitas a sobre interferência da China nas eleições dos Estados Unidos, previstas para novembro, nesta sexta-feira (26), pouco após aguardado encontro com o líder Xi Jinping, em Pequim.

"Nós temos visto, de maneira geral, evidência de tentativas de influenciar e possivelmente interferir [no pleito] e queremos assegurar que isso pare o mais rápido possível", disse o chefe da diplomacia americana à CNN, sem, contudo, apresentar tais evidências.

"Qualquer interferência da China em nossas eleições é algo que estamos observando com muito cuidado e é totalmente inaceitável para nós, então eu queria assegurar que eles ouvissem essa mensagem novamente", acrescentou Blinken.

A fala ocorreu ao fim da viagem de três dias de Blinken à China, onde se reuniu com Xi no Grande Salão do Povo, no centro de Pequim, após vários dias de expectativa sobre o encontro, diante de críticas recentes de lado a lado.

A afirmação não é nova, e o líder chinês já havia sido alertado pelo presidente americano, Joe Biden, que a China não interferisse nas eleições, em cúpula entre os dois países em San Francisco, em novembro passado.

No encontro desta sexta, Xi citou os 45 anos de relações diplomáticas bilaterais, disse que enfrentaram "ventos e chuvas", mas mostraram que "China e Estados Unidos devem ser parceiros em vez de rivais, devem ajudar um ao outro a alcançar sucesso em vez de ferir um ao outro e devem honrar as palavras com ações".

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Acrescentou: "Nós esperamos que os EUA possam ver o desenvolvimento da China positivamente. Esta é uma questão fundamental que precisa ser tratada, como o primeiro botão de uma camisa que precisa ser abotoado de maneira correta, para que a relação China-EUA verdadeiramente se estabilize, melhore e siga em frente".

Mais cedo, o chanceler Wang Yi havia iniciado extenso encontro com Blinken avaliando que as relações bilaterais "começam a se estabilizar", com mais diálogo.

"Mas ao mesmo tempo os fatores negativos no relacionamento ainda estão aumentando", acrescentou. "Os direitos legítimos de desenvolvimento da China têm sido injustificadamente suprimidos e nossos principais interesses estão enfrentando desafios."

Prosseguiu, falando a Blinken diante das câmeras: "A China e os Estados Unidos devem manter a direção certa de avançar com a estabilidade ou retornar a uma espiral descendente? Devem liderar a cooperação internacional sobre as questões globais ou se envolver em rivalidade e confronto ou mesmo deslizar para o conflito? A comunidade internacional aguarda a nossa resposta".

Blinken, por sua vez, disse esperar "discussões muito claras e muito diretas sobre as áreas em que há diferenças" entre Washington e Pequim. "Mas volto a frisar que é importante que façamos isso, é importante para demonstrar que estamos administrando com responsabilidade a relação mais consequente no mundo".

A reunião durou mais de cinco horas, e Blinken publicou em seguida, em mídia social, que foi "aprofundada e substantiva" e abordou "áreas em que há diferença, além de áreas de interesse compartilhado, como o combate ao narcotráfico". Foi "parte do esforço para administrar a concorrência de forma responsável".

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