EUA esperam ataque do Irã contra Israel no curto prazo e enviam reforços ao Oriente Médio

Em dia de alta tensão no Oriente Médio, Israel realizou nesta sexta-feira (12) uma série de bombardeios à Faixa de Gaza e foi alvo de foguetes do Hezbollah libanês. As agressões se deram enquanto Tel Aviv especulava junto com os Estados Unidos e outros países do Ocidente um possível ataque do Irã a seu território.

A preocupação se justificava devido às ameaças iranianas de retaliação ao bombardeio contra seu consulado na Síria. A ação, em 1º de abril, matou sete integrantes da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais. Teerã atribuiu o ataque a Tel Aviv, que não confirmou envolvimento, mas continua a ser responsabilizada.

Na quarta (10), o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, reiterou que Israel "será punido". E o movimento libanês Hezbollah, apoiado pelos iranianos, anunciou que o disparo de "dezenas de foguetes" contra posições israelenses nesta sexta fez parte de uma resposta aos ataques de Tel Aviv no sul do Líbano.

Para os governos israelense e americano, o risco de uma escalada regional da guerra em Gaza aumentou. A Casa Branca afirmou que as ameaças de um ataque do Irã contra Israel são "críveis" e "reais". Pouco depois, os EUA anunciaram, sem entrar em detalhes, o envio de reforços ao Oriente Médio.

O presidente americano, Joe Biden, reforçou seu apoio veemente a Israel. O movimento se deu após as tensões entre o democrata e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, por divergências em relação à guerra em Gaza, especialmente quanto ao estabelecimento de um novo cessar-fogo no conflito e a dificuldades para a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

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Biden disse acreditar que o Irã atacará Israel no curto prazo e alertou Teerã para não prosseguir com a eventual ofensiva. "Minha expectativa é que [o ataque] seja mais cedo ou mais tarde", disse. Questionado sobre a mensagem que gostaria de transmitir a Teerã, respondeu: "Não o faça! Ajudaremos Israel a se defender, e o Irã vai fracassar."

Desde quinta (11), o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, está em contato com o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, sobre os preparativos para um ataque iraniano contra Israel. "Se o Irã atacar de seu território, Israel vai responder e atacar o Irã", alertou o chanceler israelense, Israel Katz.

Gallant afirmou ainda que Israel e EUA estão lado a lado frente à ameaça. "Nossos inimigos pensam que podem separar Israel e EUA, mas é justamente o contrário: estamos nos unindo e fortalecendo nossos laços", disse.

Países como EUA, Índia, França, Alemanha e Rússia alertaram seus cidadãos contra viagens à região, que já está sob tensão por causa da guerra em Gaza, iniciada há mais de seis meses. Os militares israelenses disseram que não tinham emitido novas instruções para os civis, mas que suas forças estavam em alerta máximo e preparadas para uma série de cenários.

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